
Dicas de finanças para casais: construa um futuro financeiro sólido a dois

O tópico de finanças na vida de um casal pode ser bastante delicado, mas casais que planejam as suas finanças juntos têm 43% menos conflitos e conseguem alcançar as suas metas 2x mais rápido segundo um estudo feito pela FGV sobre Educação Financeira em 2023. Além disso, 73% dos divórcios têm raízes em conflitos financeiros, o que deixa claro a importância do tema de financeiro.
Em momentos de instabilidade econômica e incertezas do mercado, muitos investidores buscam formas de proteger o seu capital. Os ativos defensivos são ativos que proporcionam mais estabilidade na sua carteira em tempos de crise.
Conhecer esses ativos é essencial para construir uma carteira equilibrada, capaz de reduzir perdas em momentos de volatilidade e garantir um fluxo de renda mais previsível, principalmente em casos de incerteza de mercado ou para investidores conservadores.
Como organizar as finanças da casa?
O método 50-30-20 é uma regra simples para dividir a renda familiar em três categorias: 50% para necessidades básicas (aluguel, contas, alimentação), 30% para despesas pessoais e lazer (jantares, hobbies, assinaturas) e 20% para poupança e investimentos (fundo de emergência, metas futuras).
Para os casais, a divisão pode ser feita de forma proporcional aos rendimentos de cada um: Se um parceiro ganha 70% da renda total, ele contribui com 70% das despesas compartilhadas, enquanto o outro entra com 30%. Outra opção é manter contas conjuntas para os gastos fixos (50%) e contas individuais para os 30% de desejos pessoais, garantindo autonomia financeira.
O segredo é alinhar expectativas e revisar o orçamento mensalmente para ajustes, sempre mantendo os 20% de investimentos como prioridade para construir segurança e realizar sonhos.
Quais são as principais decisões que o casal deve tomar?
Como abordado anteriormente, os casais precisam abordar muitas questões importantes sobre dinheiro para manter uma vida financeira aberta e estável. Os principais tópicos que precisam ser conversados e decididos são:
Divisão das finanças domésticas: Qual será a forma da divisão das contas da casa (50\50, 70\30, etc).
Modelo de gestão financeira conjunta: Qual será a forma de gestão financeira que será praticada pelo casal: Conta Conjunta, ou seja, uma conta única em que se concentram todos os gastos. É uma forma mais simples de controle financeiro, mas exige muita confiança. Contas Separadas + Conta Conjunta: Forma de controle que promove divisão de custos e autonomia, mas é uma forma de gestão mais trabalhosa que promove menos transparência
Definir as metas de curto, médio e longo prazo: Definir as metas de curto, médio e longo prazo são pontos primordiais para o equilíbrio financeiro a longo prazo. É necessário definir o que será conquistado em conjunto (uma viagem, um apartamento) e como cada uma das partes contribuirá mensalmente para isso.
- Lidar com dívidas: Mesmo as dívidas adquiridas antes de o relacionamento começar são relevantes para a vida financeira do casal. Deve-se focar em amortizar as dívidas com os juros mais altos, como cheque especial e cartão de crédito.
- Reserva de emergência: Estabelecer um valor de 6 a 12 meses de gastos do casal em caso de algum imprevisto, combinando qual será o valor aportado no mês-a-mês e em quais aplicações a reserva será mantida.
- Diferenças no estilo de vida: Como lidar com um parceiro muito gastador ou poupador?
O primeiro passo é lembrar que vocês não estão um contra o outro, mas sim, ambos contra um problema. O diálogo aberto sobre sentimentos e foco no objetivo em comum são o primeiro passo para uma relação com as finanças mais equilibrada.
Uma dica é definir um valor mensal para gastos livres para cada um, assim, o poupador sente que pode relaxar um pouco e o gastador, que tem margem para usar esse dinheiro sem culpa ou prejuízos para a relação. Outro truque útil é estabelecer um tempo de reflexão para gastos acima de 200 reais, assim, evitando compras desnecessárias ou por impulso.
Além disso, cada um pode assumir a função que é melhor na luta contra o desequilíbrio financeiro, por exemplo, o poupador pode cuidar do orçamento e dos investimentos e o gastador se ocupa de procurar promoções para itens necessários e cortar custos já existentes (negociar a conta de internet, por exemplo).
Conclusão
As finanças compartilhadas são muito mais do que números – representam valores, sonhos e a construção de uma vida a dois. Quando o casal encara o dinheiro como um aliado, com diálogo transparente e planejamento conjunto, transforma potenciais conflitos em oportunidades de crescimento. O segredo está no equilíbrio: respeitar diferenças de perfil, estabelecer metas comuns e celebrar cada conquista, seja quitar uma dívida ou realizar um sonho